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|RESENHA| A MULHER NA JANELA


Autor: A.J. Finn
Ano: 2018 / Páginas: 352
Editora: Arqueiro
Nota: 4 estrelas

SINOPSE

Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. 

RESENHA

A Mulher na Janela é o tipo de livro que deixa o leitor apreensivo, curioso, a cada página virada o mistério vai se aprofundando e é inevitável não criar teorias e questionar a realidade – ou não realidade – da história. 

A.J. Finn  fez um trabalho impecável na narração da história da Anna, um mulher com um trauma maior do que qualquer um poderia imaginar, uma mulher que muitos podem pensar não ter salvação – inclusive ela mesma – uma mulher a beira da loucura que se mostra uma guerreira, buscando a verdade no meio de um mar de vinho, remédios e vozes cujo os rostos ela não consegue ver mais. 

Esse é o tipo de leitura que não dá para parar, de início a história é um pouco lenta, mas quando ela engata não tem mais como parar. O leitor se vê completamente sugado para os dramas e questionamentos de Anna, buscando compreender o porque e quando esse porque é explicado e quando se acha que tais questionamentos estão respondidos Finn surpreende com um plot twist que creio que ninguém estava esperando. 

No fim das contas as aparências realmente enganam e nem tudo que é visto é de fato real, é tudo uma questão de perspectiva. 


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