|RESENHA| CIDADE DAS CINZAS
Autora: Cassandra Clare
Ano: 2014 / Páginas: 406
Editora: Galera Record
Nota: 4 estrelas
SINOPSE
No mundo dos Caçadores de Sombras, ninguém está seguro. E agora que Clary descobriu fazer parte do perigoso Submundo, sua vida nunca mais será a mesma. Jace, seu recém-descoberto irmão, está cada vez mais impossível, e não parece medir esforços para enfurecer a todos. E sua atitude de bad boy não ajuda em nada quando, após o roubo do segundo dos Instrumentos Mortais, a Inquisidora aparece no Instituto para interrogá-lo... Agora Jace é suspeito de ajudar o pai, o perverso Valentim, num plano que vai colocar em risco não só Idris ou o Submundo, mas toda a cidade de Nova York. E Clary não pode deixar de se perguntar: será que as ironias de Jace são só uma forma de chamar atenção, ou também pode haver uma traição por trás de tanto mistério?
RESENHA
Em Cidade das Cinzas a história do livro fica mais profunda, agora que estamos familiarizados com os Caçadores de Sombras, sua cultura e como eles lidam com as coisas, a autora aprofunda mais nas relações mais pessoais do livro, o que é ótimo para que nós leitores criarmos uma conexão mais forte com os personagens.
O ponto alto desse livro com certeza é a dinâmica Jace x Clary, que após a revelação do último livro, estão confusos, tristes e com raiva do destino por fazer um jogo com eles. Embora eu não seja fã de romance, gosto bastante do modo que a autora aborda o romance impossível desses dois, mesmo tendo alguns clichês ao longo do caminho, ele é em sua essência uma guerra de desejos, até onde um estar disposto a ir pelo outro, até onde ambos estão dispostos a enfrentar as barreiras morais e sociais em busca desse amor, isso em minha opinião é bem mais interessante que clichês com declarações bobas e repetidas.
Outro ponto alto é o Simon, que felizmente continua sendo relevante na história e agora mais que nunca tenho certeza que terá um papel muito importante pela frente. O personagem é ótimo, um amigo incrível e presente, fiquei com muita pena dele durante esse livro, mas foi necessário para ele enxergar além da Clary, agora com essa mudança ele com certeza irá. A amizade dos dois é bonita, mas quero ver mais do Simon sozinho – sim, eu sei que o foco não é ele, mas isso não me impede de querer ver ele sendo melhor desenvolvido.
E por fim, temos o Valentim, o grande vilão, o pai, o anjo justiceiro. Sob um olhar mais analítico, ele é um completo psicopata que utiliza tudo e todos ao seu redor com a desculpa que está servindo uma causa nobre, quando na verdade tudo que ele quer é poder. No início eu tbm desconfiei do Jace, fiquei com medo que ele se juntasse ao pai, mas nesse livro ficou claro para ele que o Valentim nunca o amou de verdade, ele sempre foi “a flecha”, a “arma secreta” e felizmente ele tem uma personalidade forte o suficiente para não se deixar ser definido por isso. Gostei da interação desses dois e espero que nos próximos livros tenhamos mais disso, quem sabe até uma luta ou um dialogo mais sincero, pois com certeza o desfecho final deu a entender várias coisas sobre o Jace e eu não vejo a hora de confirmar minhas teorias.
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