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|RESENHA| OS 27 CRUSHES DE MOLLY

Primeiro livro da TBR de abril lido com sucesso! Os 27 Crushes de Molly entra na categoria de número 5: um livro que tenha na capa uma cor da bandeira do Brasil, Molly tem a capa com a cor predominante azul e foi a minha escolha para esse mês. 

Esse já é o sétimo livro que eu leio para o Desafio Literário Livreando 2019, uma iniciativa do Blog Livreando que está me ajudando muito a reduzir minha pilha de livros para ler. 



Autora: Becky Albertalli
Ano: 2017 / Páginas: 320
Editora: Intrínseca
Nota: 3 estrelas

Sinopse

Molly já viveu muitas paixões, mas só dentro de sua cabeça. E foi assim que, aos dezessete anos, a menina acumulou vinte e seis crushes. Embora sua irmã gêmea, Cassie, viva dizendo que ela precisa ser mais corajosa, Molly não consegue suportar a possibilidade de levar um fora. Então age com muito cuidado. Como ela diz, garotas gordas sempre têm que ser cautelosas.

Tudo muda quando Cassie começa a namorar Mina, e Molly pela primeira vez tem que lidar com uma solidão implacável e sentimentos muito conflitantes. Por sorte, um dos melhores amigos de Mina é um garoto hipster, fofo e lindo, o vigésimo sétimo crush perfeito e talvez até um futuro namorado. Se Molly finalmente se arriscar e se envolver com ele, pode dar seu primeiro beijo e ainda se reaproximar da irmã.


Resenha

Confesso que no início da leitura eu não fui muito com a cara da Molly, dava até uma certa agonia ler os “pensamentos” dela, mas depois foi revelado que ela tinha ansiedade e ficou bem mais fácil de entender alguns dos comportamentos e pensamentos da personagem. 

Becky mais uma vez trouxe uma história real, uma história que nos faz rir e refletir sobre a juventude e sobre como tudo parece ser mil vezes ampliando nessa época, os sentimentos são tão intensos que parecem não caber na mente e no corpo e é exatamente isso que vemos ao ler Os 27 Crushes de Molly

O que mais me chamou atenção durante a leitura foi o drama da pessoa que não se encaixa nos padrões sociais de beleza, não sei se intenção da autora foi focarmos nisso, mas é quase impossível não refletir sobre essa questão em relação a Molly e como ela lida com isso. Uma jovem de dezessete anos, que se considera acima do peso, com uma irmã gêmea que é o completo oposto dela, que já gostou de 26 caras e ainda por cima sofre de ansiedade? É a receita perfeita para uma análise mais profunda sobre o quanto a sociedade nos afeta e afeta nosso modo de se apresentar para o mundo. 

Reflexões a parte, o plot do livro é bem clichê mesmo – o que não faz dele um livro ruim, pelo contrário, nos prende por identificação, afinal o adolescente que não passou pelos mesmos questionamentos da Molly, que atire a primeira pedra. A leitura é rápida, instigante, engraçada e muito fácil, embora os outros personagens não sejam tão aprofundados, todos têm características com o qual se identificar e nos fazer torcer por eles, particularmente eu amei Nadine e Patty e adoraria saber mais sobre a história delas. 

Me atrevo a comparar a Becky com a Paula Pimenta, que tem esse mesmo estilo de escrita leve que levam a reflexões mais profundas, e também usa a interação entre personagens de outros livros, nesse caso tivemos a participação de Abby, Nick e Simon que eu conheci no livro Simon vs. A Agenda Homo Sapiens, que foi o primeiro livro que li dessa autora. 

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