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|COMENTÁRIOS| THE RESIDENT 1ª TEMPORADA - COMPLETA





ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS DOS EPISÓDIOS: 1, 6, 10, 11 E 14.

Em um mercado supersaturado por séries médicas, o que torna The Resident especial? A nova produção da FOX mostrou ser uma brisa de ar fresco ao abordar o lado obscuro da medicina. Ambientada em Atlanta, acompanhamos a rotina de profissionais que enxergam seus pacientes como meros peões em um jogo, no qual o objetivo é lucrar milhões de dólares.

“Can one doctor save a broken system?” Nem toda a série precisa de um herói, mas essa conta com três. Primeiramente, conhecemos o prodígio residente do terceiro ano, Dr. Conrad Hawkins, interpretado por Matt Czuchry (The Good Wife e Gilmore Girls). Com seus métodos inusitados e seu moletom ao invés de jaleco, ele corre pelos corredores do Chastain Park Memorial Hospital para salvar o máximo de pacientes, enquanto quebra regras e contorna o sistema. Se existe o papel ideal para cada ator, Matt encontrou o seu: o brilho no olhar encanta a audiência, conseguindo transmitir a paixão do personagem pela profissão.

“Everything you thought you knew about medicine is wrong.” No episódio piloto, acompanhamos o primeiro dia do Dr. Devon Pravesh (Manish Dayal), interno recém-formado em Harvard e designado para trabalhar com Conrad. Rapidamente, ele percebe que sua visão utópica sobre a medicina estava errada, o que causa vários embates entre ele e seu superior. 

Porém, não são apenas médicos que compõem o trio. Uma das estrelas da série é Emily VanCamp, conhecida por seu papel icônico no drama Revenge. Agora, ela interpreta a enfermeira Nicolette “Nic” Nevin, uma das mais respeitadas na área e ex-namorada de Conrad. Mesmo que o relacionamento esteja conturbado, ambos continuam tendo uma boa relação profissional, logo se torna claro que ele não trabalha bem sem ela.

Nic é a consciência do grupo e a representação feminina em um mercado profissional dominado por homens. Algumas vezes seu alto conhecimento faz os pacientes confundirem-na com uma médica, mas ela corrige e mostra orgulho pela profissão. Além disso, sua conexão e cuidado com os pacientes a torna querida não apenas por eles, mas pelos funcionários do hospital. E seu senso de justiça colocará sua carreira em risco.

“We can’t save everyone… Says who?” É fácil identificar um dos grandes vilões da série: o chefe de cirurgia e rosto propaganda do hospital, Dr. Randolph Bell (Bruce Greenwood). Ele usa seu poder no hospital para acobertar os erros fatais cometidos em cirurgia, causado por seus crescentes tremores. Enquanto sua fama mortal cresce entre os médicos e enfermeiros, o Conselho e a CEO (Merrin Dungey) permanecem no escuro. Consequentemente, os profissionais se desdobram para que as mãos trêmulas de Dr. Bell operem o mínimo de pacientes possíveis. 

Entre eles está a residente Dra. Okafor (Shaunette Renée Wilson), uma promessa no mercado de cirurgiões e conhecida por sua indiferença com os pacientes. Entretanto, a nigeriana é chantageada por Dr. Bell a assistir na maior parte das cirurgias em troca de um visto de permanência. Ao longo da temporada, descobrimos sua paixão pela moda, além de seus furtos no estoque do hospital para tratar uma criança sem seguro de saúde. Além disso, ela se envolve em um relacionamento com Micah (Patrick R. Walker), o que compromete seu julgamento durante uma cirurgia. 

Os funcionários do hospital possuem muito carinho por uma das pacientes com câncer, Lily Kendall (Violett Beane). Há três anos ela frequentemente vai para Chastain, longe do noivo e sem sinal algum de seus pais, se torna uma espécie de mascote. Recentemente, foi convencida a iniciar um tratamento de protocolo agressivo contra a doença criado pela respeitada oncologista, Dra. Lane Hunter (Melina Kanakaredes). 

Porém, quando Lily começa a constantemente ser trazida ao hospital com a saúde ainda mais fragilizada, questões são levantadas e as respostas podem custar a carreira deles. O tratamento ocorre em uma clínica particular de Hunter e a ficha médica dos pacientes não pode ser acessada no hospital. A primeira a suspeitar de algo é Nic, que pede as informações e recebe apenas uma parte, sem menção alguma às doses de quimioterapia. Assim, decide ir até a clínica e é praticamente expulsa, mas consegue fotografar as altas dosagens descritas nas embalagens. O que é suficiente para convencer o Dr. Pravesh.

Ao contrário deles, Conrad duvida que algo esteja errado, pois deve muito à oncologista, o que compromete ainda mais sua relação pessoal com a ex. Porém, quando Lily morre por parada cardíaca, causada por alta dosagem de cloreto de potássio no sangue e Nic é acusada de falha médica, os três percebem que a vilã fará de tudo para continuar com seu plano. 

Ao mesmo tempo, a pragmática CEO do hospital sofre um golpe durante a reunião do Conselho e é substituída por Randall. Por trás deste ato está Lane, que começa a se relacionar com o chefe de cirurgia, transformando-o em uma marionete. Com Chastain em suas mãos e a enfermeira aparentemente fora do caminho, ela não esperava o golpe fatal.

Em uma última tentativa, os heróis da série são liderados por Nicolette até uma reunião com o novo CEO e ameaçam denunciar a situação para o FBI. Dividido entre amor e poder, Randall prova ser mais podre do que a audiência podia imaginar e ele mesmo arma uma armadilha para a oncologista. 
Após a prisão, os olhos do país estão em Chastain e ele toma grande parte dos créditos para si. Porém, seus passos estão sendo cuidadosamente observados pelo novo diretor do Conselho: Marshall Winthrop (Glenn Morshower), pai de Conrad. Será que ele conseguirá esconder os tremores e os erros médicos de seu novo chefe?

The Resident conseguiu sobreviver ao difícil primeiro ano, principalmente pela ajuda dos fãs de Emily VanCamp, garantindo números estáveis ao longo de seus 14 episódios: média de 1.05 de demo e 4,61 milhões de espectadores. Vale destacar que a atriz conseguiu se desprender de sua personagem marcante e mostrar um novo lado para o público. 

Finalmente, abordando um tema polêmico e com um elenco estrelado, é agradável de assistir desde que consiga passar do episódio piloto bagunçado. A narrativa corre na velocidade certa e os personagens secundários não decepcionam., além de trazer casos médicos interessantes. Será que conseguirão manter a qualidade na próxima temporada?

A série tem estreia marcada no Brasil para o dia 4 de julho às 22h15 com episódio duplo na FOX. 

Onde passa na tv: Canal Fox

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