|COMENTÁRIOS| REVERIE S01X02 - BOND. JANE BOND.
Por: Amanda Dias
O segundo episódio da novo thriller da NBC traz uma narrativa morna, mas não entediante, pois a temática de espião é clichê e não impressiona.
O episódio inicia-se com uma transtornada Mara Kint (Sarah Shahi) sofrendo dos efeitos colaterais da nova versão de Reverie, chamado de desrealização, ou seja, o jogo está acessando as suas memórias mais marcantes e mostrando para ela mesmo estando fora da interface virtual. Por isso, ela vê a falecida sobrinha, Brynn (Madeleine McGraw), por toda a casa e as cenas de seu assassinato. Será que esse plot irá se estender por muito tempo?
Entretanto, ela não tem tempo para lidar com isso, pois é convocada urgentemente à Onira-Tech. Lá, Charlie (Dennis Haysbert) explica que uma nova usuária foi trazida às pressas, correndo risco de morte nas próximas horas. Aparentemente, todos os voluntários passam por testes físicos e psicológicos, mas uma condição cardíaca passou despercebida ou foi desenvolvida recentemente em Rachel Kauffman (Ahna O’Reilly).
Ela estava de luto pela morte da tia, era sua única parente viva, e precisava de uma aventura para distrair-se. Assim, Reverie criou um jogo de espionagem numa versão feminina de James Bond, da qual Rachel recusa-se a sair. O objetivo é encontrar o vilão, Vater, interpretado por John Brotherton. Com a narrativa óbvia, fica claro que ele é uma alusão à um irmão ou pai dela.
Mara descobre que Vater não tem ligação com o Lorde Sombrio dos Sith, Darth Vader, mas é uma pronúncia incorreta da palavra alemã (fonética: vah-ter) que significa pai. O que faz todo o sentido ao considerarmos o seu sobrenome alemão. Reverie é programado para proporcionar ao usuário a experiência que ele precisa, mesmo que inconscientemente, no caso de Rachel é encontrar a figura paterna que foi escondida dela à vida inteira. Ao limpar a casa da tia, encontrou uma foto da mãe ao lado de um homem que parecia fisicamente com ela, por isso assumiu que fosse seu pai. Infelizmente, não conseguiu descobrir a identidade dele.
Com a interface de realidade virtual conectada ao laptop de Rachel, para baixar informações ao servidor da Onira-Tech, uma versão digitalizada da foto possibilitou a criação de um avatar interativo ou non-player character (NPC) do provável pai. Ao conversar com ele, percebe que Vater não pode responder as suas perguntas e decide se desconectar.
De volta a vida real, ela recebe a notícia de que Charlie encontrou Elliot (Andy Forrest), um amigo de Vater que sabe onde ele está, graças a um anel de formatura no canto da fotografia. Felizmente, a versão mais velha de ‘Vater’ aguardou por aquele momento a vida toda, até possuía a mesma fotografia que Rachel, e mesmo tendo construído uma outra família quer fazer parte da vida dela.
Por fim, Bond. Jane Bond. não decai apenas em audiência, que já começou baixa no episódio piloto, mas em qualidade. O roteiro fraco, previsível e com furos pode terminar Reverie antes mesmo de ter começado. Assim, se a série não for capaz de cativar o telespectador ao longo dos oito episódios restantes, se tornará mais um exemplo de boa premissa desperdiçada.
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