|COMENTÁRIOS| THE 100 S05XE03 - SLEEPING GIANTS
Por: Amanda Dias
The 100 foi renovada. A decisão ter sido divulgada tão cedo pode ter sido uma surpresa para alguns, de qualquer forma, iria acontecer eventualmente. Após dois episódios com grande audiência, um focado em Clarke (Eliza Taylor) e o outro no bunker, chegou a vez de acompanharmos a jornada dos sete para a Terra.
The 100 foi renovada. A decisão ter sido divulgada tão cedo pode ter sido uma surpresa para alguns, de qualquer forma, iria acontecer eventualmente. Após dois episódios com grande audiência, um focado em Clarke (Eliza Taylor) e o outro no bunker, chegou a vez de acompanharmos a jornada dos sete para a Terra.
A narrativa começa apreensiva, com Raven (Lindsey Morgan) e Emori (Luisa d’Oliveira) tendo problemas técnicos durante a acoplagem à nave da Eligius, chamada Gagarin. Desde o princípio, percebem que há algo de errado, pois não houve nenhum ataque ou defesa em resposta à chegada deles. Uma alarme ressoa pelos corredores vazios da prisão espacial e eles percorrem um labirinto de corredores até a sala de comando.
Lá, descobrem mais sobre aqueles que a habitavam: 300 criminosos considerados descartáveis pelo governo e enviados para trabalhar na mineração asteroides. Entretanto, um vídeo encontrado no servidor revela uma rebelião e o assassinato do Capitão Stevens (Bob Frazer), em 2047, liderados por Charmaine Diyoza (Ivana Milicevic). Durante suas últimas palavras, Stevens avisa que demorará décadas para chegarem à Terra e que devem explodir a nave antes que aterrissem.
Felizmente, Eligius possui estoque suficiente de hidrazina para levá-los de volta. Enquanto Echo (Tasya Teles) e Monty (Christopher Larkin) transportam a carga pelos corredores, deparam-se com uma sala com 184 prisioneiros em sono criogênico, preservados em baixas temperaturas. Onde estaria o resto? Não demora muito para o grupo juntar dois e dois: eles desceram na nave vista no primeiro episódio e é questão de tempo para que venham buscar o resto.
Ainda na sala de controle, encontram um rádio, com uma tecnologia que não vem ao caso, conectado ao mesmo canal de comunicação entre Charmaine e os outros. Eles estão procurando por Madi (Lola Flanery) que conseguiu se esconder, enquanto Clarke os despistava e era capturada. É importante destacar que em nenhum momento os sete escutam qualquer coisa que indique a identidade dos prisioneiros grounders. Naquele momento, adoraria que a loira tivesse dito algo e Bellamy (Bob Morley) soubesse que ela estava vivíssima, porém a maneira como desenvolveram esse plot foi diferente, positivamente falando.
“Start with how the world ended”. Charmaine quer respostas e tenta diferentes abordagens. De certo modo, esperava que ela fosse sincera ao dizer que não quer derramar mais sangue, mas todos sabemos que isso não é verdade. Quando isso não dá certo e um grupo avista Madi, Clarke promete contar tudo se deixaram a garota em paz e afirma não haver ninguém além delas.
Um personagem que não passa despercebido é Shaw (Jordan Bolger). Ao contrário dos outros, ele era um explorador a bordo de Gagarin para “descobrir os segredos do universo” e é gentil com Clarke. Acredito que ele seja o elo fraco e eventualmente irá mudar de lado e pender a balança para o lado dos protagonistas.
De repente, Kodiak (Brad Kelly) acorda do sono criogênico e não está nada feliz com invasores. São necessários três para derrubá-lo: Echo, Raven e Bellamy. Consequentemente, a preocupação aumenta, imaginem o estrago que os outros 183 poderiam causar? Eles jamais venceriam.
Para a minha surpresa, é a grounder Echo que pensa em uma maneira de usarem aquilo a favor deles, mesmo sem conhecer a tecnologia. Se eles pudessem controlar os painéis de criogenia remotamente, teriam uma vantagem sob Charmaine. Todavia, Raven não consegue e revela que a única solução é deixar alguém na Eligius para ficar de olho no rádio e nos belos adormecidos.
Quem deveria ficar sozinho no espaço correndo o risco de ser atacado por um serial killer? Emori não hesita em sugerir Murphy (Richard Harmon) e o coração dos shippers despedaça. Durante os últimos seis anos ele não ajudou na Arca e destruir o relacionamento dos dois não era punição suficiente. Porém, a engenheira espacial é a única que domina a tecnologia, demoraria dias para ensinar o básico e com possibilidade de falha, de acordo com a mesma. Afinal, Bellamy tinha previamente se oferecido para o trabalho.
É nessa hora que vemos um pouco da dor causada por Clarke. Bell ainda se sente culpado por deixa-la para trás e não quer repetir o erro com os sete. Sensata como sempre, Raven lembra que prometeu leva-los para casa e não poderia deixar o sacrifício da amiga ser em vão. Além disso, garante que há uma capsula de emergência para duas pessoas e poderá usar caso algo dê errado aconteça.
O que ela não sabe é que não estará sozinha. Machucado com os recentes acontecimentos, o rebelde Murphy se voluntaria, de última hora, para fazer companhia, estando seguro que poderão escapar em uma emergência. Ah, como estava enganado. Ao observar a nave levar os outro cinco para a Terra, é revelado que não há cápsula alguma, quanta sorte. Será que finalmente veremos o casal Murven acontecer?
Finalmente, Emori consegue guia-los em segurança até o único ponto verde no meio de um planeta morto e não passam despercebidos. Imediatamente são cercados por prisioneiros e resgatados por Madi. Foi tão emocionante ver a garotinha reconhecer Bellamy de primeira, mesmo tendo o visto em desenhos. A confusão estampada em seu rosto é impagável e a verdade é revelada: Clarke está viva e precisa de ajuda.
Diyoza descobre a presença dos invasores e acredita que a prisioneira mentiu, mesmo com Clarke estando tão confusa quanto ela. Assim, ordena o brutal Graveyard (William Miller) a pegar a coleira de choque e tortura-la até obter respostas.
“283 lives for one. She must be pretty important to you”. Para a surpresa da capitã, um rover chega ao acampamento e uma sombra negra desce do veículo. No momento quando o rosto é iluminado, uma mistura de dor e arrependimento pode ser vista em seu olhar de Bellamy. Ele segura a caneca de Stevens como prova de que possui a vantagem ali: entregará os prisioneiros adormecidos em troca por uma pessoa, Clarke, afirmando que ela é muito importante para ele.
Não há palavras para descrever esse momento, principalmente sendo shipper de Bellarke. A espera pela formação de um possível casal há cinco temporadas é desgastante. Entretanto, só de ver o reencontro entre os dois, a troca de olhares e o sorriso da loira, já mexem com o nosso coraçãozinho. De forma romântica ou não, a relação é uma parte importante de The 100, como afirmado pelo produtor-executivo, Jason Rothenberg. E mal posso esperar para ver a dinâmica entre eles, os outros membros da Arca, os grounders no bunker e os prisioneiros.
De maneira geral, Sleeping Giants manteve um bom ritmo ao conseguir balancear dois cenários. O corte de cenas entre os confrontos em Gagarin e o sequestro de Clarke deixaram os espectadores ansiosos e entretidos. Se há um ponto negativo, é a falta de destaque para Harper (Chelsey Reist) que parece uma figurante. Se a série for capaz de manter a qualidade até o final, estamos diante de uma das melhores produções de 2018. Essa nova fase tem o potencial de conquistar um novo público com personagens mais maduros e uma storyline original. Afinal, qual série passa por dois apocalipses?
Onde passa na tv: Warner
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