|RESENHA| NA MULTIDÃO
Autor:Luiz Alfredo Garcia-Roza
Idioma: português
Editora: Companhia das Letras
Sinopse
Uma pensionista da Previdência Social sofre um acidente numa das esquinas mais movimentadas de Copacabana, perto do 12º DP, onde tentara falar com o delegado Espinosa. Depoimentos das testemunhas fazem pensar em crime. As investigações conduzem a uma agência da Caixa Econômica e a um indivíduo com hábitos muito estranhos. Enquanto o inspetor Ramiro e o detetive welber seguem os passos o suspeito em meio à multidão que circula pelas ruas da cidade, uma senhora é encontrada morta num quarto de hotel em Botafogo.
Buscando na memória uma explicação para os acontecimentos recentes, Espinosa faz uma incursão à própria infância, no Bairro Peixoto, e relembra a morte de uma menina de onze anos. Em meio às tensões trazidas pela memória e os percalços de sua vida, o delegado tem de enfrentar jogos de sedução, chantagens, mentiras- e um perigoso psicopata em busca de uma identidade redentora.
Resenha
Depois do meu fracasso literário com Orgulho e Preconceito, leitura que foi abandonada no meio, por ter se tornado desgastante para mim, que não conseguia encontrar interesse naquele livro. Voltei à biblioteca, decidida a dessa vez pegar um livro e lê-lo até o fim.
Entre algumas das obras expostas nas prateleiras que o público tem acesso, dei de com cara com Na Multidão. Passei o olho pela capa e fui direto ler a sinopse, enquanto a lia me sentia familiarizada com aquela história, era como se já a conhecesse. Resolvi, então dar uma olhada no histórico de empréstimos daquele livro, estava vazio. Acabei me dando conta que eu não tinha lido aquele livro, mas sim outros do mesmo autor e com o mesmo protagonista.
Na Multidão é uma obra do brasileiro Luiz Alfredo Garcia-Roza, do gênero ficção policial e que tem como personagem principal o delegado Espinosa.
Um ponto muito importante da história é ela se passar no Rio de Janeiro. O autor não poupa descrições sobre os caminhos que os personagens fazem, chegando até a citar os nomes das ruas. Creio que os cariocas se sentirão passeando pelas ruas de sua cidade, ao lerem esse livro.
Assim como os outros livros de Roza, nesse também encontramos um caso que precisa ser desvendado pelo delegado, que terá ajuda do inspetor Ramiro e do detetive Welber.
O livro começa com uma cena simples e corriqueira: uma velhinha recebendo a aposentadoria. No entanto, páginas depois, essa senhora morre, deixando o leitor intrigando se aquilo foi um suicídio ou um assassinato. A suspeita de suicídio é logo descartada, mas descobrir quem foi o assassino é algo complexo, que levará praticamente o livro inteiro.
Na obra também temos contato com um personagem chamado Hugo Breno, um homem excêntrico, que adora estar imerso nas multidões, mas odeia o contato com as pessoas. Quando está numa multidão, ele nunca toca ou esbarra numa pessoa, isso ocorre apenas de forma acidental.
Hugo foi um personagem que chamou muito a minha atenção. Creio até que nesse livro, ele foi o protagonista e não Espinosa. Se essa obra tem uma falha, é não ter explorado mais a história de vida dele, pois com o que é exposto, ficou, ao menos para mim, um pouco complicado de entender o porquê ele toma algumas atitudes.
Esse é o tipo de livro que você diz que vai ler só mais um capítulo e acaba lendo ao menos mais uns cinco. Quanto mais a trama se aproxima do final, mais curioso você fica e quando se chega ao tão esperado final, que é de tirar o fôlego, você se sente vazio. Se julga por ter lido o livro tão rápido e morre de saudades dos personagens.
Felizmente, como já foi dito anteriormente, esse não é o único livro que Espinosa dá o ar da graça.
Ele também se encontra em: O Silêncio da Chuva, Achados e Perdidos, Vento Sudoeste, Uma janela em Copacabana, Perseguido, Berenice Procura e Espinosa sem Saída.
Ah, pra quem mora em Salvador, pode ir até a Biblioteca Central, pois todos esses livros, com exceção do último, estarão lá disponíveis para empréstimo.
Por: Eliza

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