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|RESENHA| HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN


Autora: J.K. Rowling 
Ano: 2000 / Páginas: 394
Editora: Rocco
Nota: 5 de 5 estrelas 

Sinopse

Agora com 13 anos, Harry Potter torna-se mais rebelde, desafiando os tios e os professores. Nas aulas com o professor Lupin, ele aprende como enfrentar os terríveis dementadores, que se alimentam da alma das pessoas, e são os guardiões da prisão de Azkaban, de onde fugiu Sirius Black.

Há indícios de que o prisioneiro possa estar na escola e, o que é pior, de que haja um traidor em Hogwarts. Inúmeras surpresas mostram que é preciso cuidado para reconhecer a distância entre a versão de alguns fatos e a verdade.



Resenha

Começamos Prisioneiro de Azkaban com o Harry mais uma vez sofrendo na mão dos Dursley, eu nem vou perder meu tempo digitando o quão forte eu não gosto dos personagens porque já disse nas outras resenhas e nesse livro em particular eles estão até aceitáveis, o que é uma grande melhora. Mas claro que estava bom demais para ser verdade e a personagem da Tia Guida é tão repugnante que na hora eu me lembrei da Dolores Umbrigde, se a intenção da J.K. era criar uma personagem para irritar o Harry ao ponto de ruptura ela conseguiu muito mais que isso, pois a grande maioria do fandom ( atrevo-me a dizer que todo ele) nutri uns sentimentos de ódio por essa mulher, a forma que ela trata  o Harry não é nenhuma novidade, afinal tivemos 2 anos com os Dursley, mas daí a provocar ele de propósito e ainda com aquelas palavras horríveis, se eu fosse o Harry eu teria explodido ela toda. A única coisa que ela serviu foi para que o Harry fugisse e iniciasse a verdadeira trama do livro. 

A introdução de Sirius e como os bruxos lidaram com isso foi muito bem trabalhada, foi interessante ver todo mundo pisando em ovos com o Harry e ele sem saber de nada – o menino nem sabia o que era Azkaban - as vezes parece que a comunidade mágica esquece que Harry Potter não sabia que era um bruxo e muito menos que era famoso. Além de Sirius e a prisão de bruxos, a introdução dos dementadores foi meio que a confirmação implícita que a partir deste livro Rowling estaria indo para outro nível, abandonando aos poucos os ares infantis que a série tinha e tratando de assuntos mais sérios, tanto que foi a primeira vez que ouvimos mais diretamente sobre a morte dos pais de Harry e os outros envolvidos nisso. 

E também tem outros pequenos detalhes que quando a gente é mais novo passa batido e eu só fui perceber isso agora, como por exemplo: a forma que a Ginny reagiu aos dementadores - mais uma vez o povo esquece que ela foi possuída pelo fucking Voldemort e deve ter revivido umas memórias muito ruins - , a forma que o baixo ventre do Harry se agita quando ele vê a Chang – pela amor de Deus essa ai mesmo mais velha eu tive que ler duas vezes -, até o jeito que a Rowling vive citando Percy e a namorada dele sendo que eles são completamente irrelevantes parece o jeito dela de avisar aos leitores que o assunto “namoro” seria sim abordado durante as saga, esses dentre outros motivos são o que me fazem considerar esse livro como o livro de transição das fases de Harry Potter.

Quanto a história em si eu tenho algumas coisas que quero botar para fora, sendo a primeira o fato que Harry é sim muito idiota e o Rony não fica atrás. Começando com o Harry, sumindo por ai e não ligando para nada foi realmente insuportável e pela primeira vez eu me vi concordando com o Snape quando esse jogou na cara um fato que muitos fãs se negam a ver, a fama chegou sim a cabeça do Harry e mesmo ele não percebendo ele acaba cometendo umas imprudências (também conhecidas como burrices) que dar vontade de entrar no livro e bater nele, as escapadas dele com o Sirius a solta foram um ato muito estupido e chega a irritar o quão pretensioso ele soa nesse livro. 

O Rony não precisa nem falar né... o menino é um pedaço de pau em forma de gente. A forma que ele tratou a Hermione por causa de uma vassoura (que nem era dele), desprezando a única que realmente estava preocupada com a situação e ainda sendo super grosso quando esta estava claramente perto de ter um ataque de nervos foi bem difícil de ler, por isso eu adoro o que o Hagrid fala para eles e foi até bom não terem botado isso nos filmes porque mostraria para o mundo o quão idiotas os meninos podem realmente ser. 

Para finalizar eu parabenizo Rowling pela sacada genial de dar um tempo de Voldemort em si nesse livro, abordando outros temas e introduzindo novos personagens, criaturas e histórias a autora mostrou-se munida de um verdadeiro arsenal a ser explorado e isso além da promessa da profecia é o que deixar o leitor ansioso para a continuação já que nesse livro não teve nenhum cliffhanger de “cair o queixo” por assim dizer. 

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