|EU VI| AVES DE RAPINA
Data de lançamento: 6 de fevereiro de 2020 (1h 49min)
Direção: Cathy Yan
Elenco: Margot Robbie, Mary Elizabeth Winstead, Jurnee Smollett-Bell...
Gêneros: Ação, Aventura
Distribuidora: Warner Bros
Arlequina: Aves de Rapina é uma obra necessária, um filme que mostra o quão diversificado o universo da DC pode ser ao fugir dos padrões e clichês que todo mundo já está cansado de saber que fazem a “cara” da DC nos cinemas e que sinceramente, não funciona tão bem assim.
É inegável a força que a personagem da Arlequina (Margot Robbie) tem dentro do DCEU, desde sua estreia nas telonas em Esquadrão Suicida, a personagem vem ganhando uma popularidade enorme com os fãs e é nesse contexto que ela é o destaque de Aves de Rapina. Em teoria o filme seria uma apresentação dessa nova equipe, porém como está não é muito conhecida entre público que não lê os quadrinhos, foi necessário a “força” da Harley para chamar mais atenção para essa história e nada melhor do que um plot de emancipação para dar início a essa história cheia de girl power.
Aves de Rapina funciona como um filme de origem, apresentando as personagens da Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), Renee Montoya (Rosie Perez) e da Caçadora (Mary Elizabeth Winsted) ao DCEU e ao que possivelmente poderá ser uma nova configuração dentro desse universo. A Harley é apresentadora, contando a história das meninas e narrando a história do seu jeito doido e único, o que rende ótimos diálogos e cenas que vão ser sempre lembradas.
Falando em cenas, eu destaco as cenas de ação, todas foram absolutamente perfeitas, a coreografia das lutas estava incrível e a cena com todas as meninas juntas lutando na casa de horrores é facilmente uma das cenas mais bem coreografadas da DC. Eu gostei bastante da forma que não pouparam em mostrar a porradaria, não foi tão explicito quanto o Coringa, mas o que foi mostrando foi mais do que o suficiente para vermos que as mulheres também não estão para a brincadeira.
Quanto ao grande vilão do filme, bem, eu achei o Roman Sionis/Mascara Negra (Ewan McGregor) peculiar, não conheço a história deles na HQ, mas pelo o que vi no filme eu achei o jeito afetado dele muito interessante. Diferente dos vilões mais brutos que estamos acostumados a ver, o Roman faz um estilo mais sutil, exalando classe e uma pose que condiz com seu nome, pelo menos até ele surtar e entrar de fato no personagem, inclusive gostaria que esse lado dele tivesse sido mais explorado. A relação com o Victor Zsasz (Chris Messina) deixa muito para a imaginação, e dá muita abertura para interpretações o que eu achei genial, afinal é algo que ainda não foi abordado diretamente no DCEU e aqui é deixado a entender, o que serve como porta para algo maior no futuro.
A história é bem construída, os personagens – embora pouco aprofundados – são bem apresentados e a conclusão é extremamente satisfatória. O filme compre o que promete, e como eu já falei, abre uma nova porta dentro do que a DC quer construir nos cinemas, eu realmente espero que essa porta seja utilizada e que os produtores vejam o potencial que filmes nessa linha tem.
4 de 5 estrelas.
Confira o trailer do filme abaixo:
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