|EU VI| PARASITA
Direção: Joon-ho Bong
Elenco: Kang-Ho Song, Woo-sik Choi, Park So-Dam mais
Gênero: Suspense
Distribuidora: Pandora Filmes
Parasite é um filme sul-coreano, ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes esse ano.
O filme, tem uma premissa bastante interessante, ao primeiro momento mostrando o abismo social retratado em duas famílias sul-coreanas.
Toda a família de Ki-Taek está desempregada, morando em uma espécie de porão, e em condições de extrema pobreza. O contraste é evidente com a família Park, uma família extremamente rica, mas com um pouco de inocência, se considerado o retrato das famílias burguesas no contexto cinematográfico.
O diretor Bong Joon-ho, resolveu explorar de forma bem caricata os dois extremos, evidenciando a família pobre com uma certa malandragem e certos "esquemas" para se dar bem. Não obstante, esses dois extremos se fundem, quando como por obra do acaso, Ki-Taek começa a dar aula de inglês à filha da família rica. Fascinado pela riqueza, ele arquiteta de maneira sórdida um plano, e um a um os membros da sua família, se infiltram como empregados na casa dos Park.
Não há termo melhor que descreva toda a situação do que "Parasitas", quando analisamos todo o contexto da obra. No decorrer do filme, ocorrem cenas cômicas, e um certo contentamento por parte do telespectador, de início. Mas, pouco a pouco, a malandragem, que antes era motivo de riso, vai dando lugar a uma certa desonestidade e má fé extrema, o que talvez nos leve a duvidar das reais intenções da família de Ki-Taek.
O grande suspense e plot do filme, é quando ele se encaminha para o fim, em que são desvelados extremos de pobreza muito maiores do que as de Ki-Taek e sua família. A partir disso constitui-se um jogo para manter as aparências e a ascensão conseguida a qualquer custo. O filme termina em tragédia, exposta de maneira um tanto animalesca, e chocante, porém muito bem construída. Uma forma de relembrar que ascender socialmente pode custar caro a ambos os lados.
O filme retrata uma crítica social expressiva, com nuances e metáforas profundas a respeito das diferenças de classes e os componentes que a perpassam. Parece uma mensagem de ineficiência quanto a conciliação de classes, e uma falsa ideia de ascensão aquisitiva, ou ao menos, a desmistificação de uma ascensão de classes, pacífica.
3 de 5 estrelas
Confira o trailer do filme abaixo:
Por: Nataly O.
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