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|RESENHA| O SANGUE DO OLIMPO


Autor: Rick Riordan
Ano: 2014 / Páginas: 432
Editora: Intrínseca
Nota: 5 estrelas

Sinopse

No desfecho da série Os heróis do Olimpo, os tripulantes gregos e romanos do Argo II têm feito progresso em suas constantes missões, mas ainda não estão nem perto de vencer a sanguinária Mãe Terra, Gaia. Os gigantes estão de volta mais fortes do que nunca , e os semideuses precisam impedi-los antes da Festa de Spes, momento em que Gaia planeja despertar, derramando o sangue do Olimpo.

Resenha

Depois de anos eu finalmente encerrei a leitura da saga dos Heróis do Olimpo, e o que fica é uma sensação boa de dever cumprido.

Rick Riordan fez um trabalho incrível com os personagens, embora a decisão de manejar 7 pontos de vista diferentes – 9 se contarmos os capítulos narrados por Nico e Reyna em Sangue do Olimpo, tenha sido ousada, o ator conseguiu equilibrar da melhor forma possível e assim deu ao leitor uma perspectiva mais ampla sobre a missão e os heróis nela. 

Nas últimas duas resenhas eu havia comentando da minha resistência em relação a Jason, Piper e Leo, nesse livro ela continua, maaas é um pouco melhor. Jason finalmente mostrou toda a liderança que era esperada dele, parece que sem as amarras romanas ele foi liberado para usufruir de todo seu potencial não só como guerreiro, mas como pessoa também, o que o deixou infinitamente mais carismático; Piper é a definição de “desenvolvimento de personagem”, ela com certeza foi uma das semideusas que mais evoluiu durante a missão, fugindo do clichê e tomando mais ação, sempre provando que ser filha de Afrodite significava mais do que meninos, maquiagens e makeovers; quanto a Léo, ainda acho ele um pouco forçado, sei que o objetivo do personagem é esse, mas tem vezes que não dá para aguentar, porém, admito que desde o plot dele com a Calipso ele melhorou muito e eu nem tive vontade de pular os capítulos dele nesse livro. 

Já Percy e Annabeth, eu só queria que tivessem focado um pouco mais no que eles passaram, sei que não daria tempo, mas a experiência do Tártaro foi tão intensa, queria ver mais deles lidando com isso. De longe eles são os melhores personagens da saga, tudo que passaram desde o Os Olimpianos os levaram a ser uma dupla poderosa e um casal muito lindo, gostei bastante da abordagem que o autor usou para tratar deles, conseguindo por alguns momentos românticos sem ser algo super forçado. 

O mesmo ocorreu com Frank e Hazel, eles não tiveram tanto destaque nesse livro, mas em compensação, foram simplesmente perfeitos em todos os momentos que apareçam, a evolução do Frank continua a todo vapor e é muito bom vê-lo mais seguro de si, mas confortável com sua identidade romana e com seu pai e com a Hazel, que parou com a crise existencial e passou a de fato aproveitar sua segunda chance na vida. 

No mais, a melhor parte desse livro inteirinho foi a jornada de Nico e Reyna, uma dupla que eu não sabia que precisava até acontecer. A dinâmica deles foi perfeita, os plots, os diálogos, tudo culminou em uma amizade muito bonita e necessária para ambos. Confesso que fiquei mais animada com essa parte do livro do que com o plot de Gaia, Riordan novamente ousou e arriscou em uma amizade que ninguém esperava, mas que todo mundo simplesmente amou! Fazendo assim com que fosse mais fácil para o Nico se aceitar e ser mais social, mais humano novamente, isso foi lindo. 


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