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|COMENTÁRIOS| THE 100 S05X02 - RED QUEEN




"You are Wonkru or you are the enemy of Wonkru. Choose!"  O segundo episódio da temporada é totalmente dedicado aos sangrentos acontecimentos dentro do bunker. Foi uma escolha extremamente arriscada, pois tivemos poucos minutos mostrando o momento atual, restando onze episódios para contar a história. Entretanto, admito que esse tempo foi bem utilizado, resta saber se não terá um final apressado como na segunda e terceira temporada.

Dias após Praimfaya, Abby (Paige Turco) e Kane (Henry Ian Cusick) escutam um barulho metálico acima de suas cabeças, alguém está do lado de fora tentando alcançar a porta. Não demora muito para o instinto maternal da médica juntar dois e dois: só poderia ser um nightblood que soubesse onde estava localizado o bunker, ou seja, é a Clarke (Eliza Taylor). Infelizmente, logo percebem que o templo desmoronou, deixando toneladas de destroços entre eles e a luz do dia. 

Ao mesmo tempo, temos um déjà vu sobre a Arca: Octavia (Marie Avgeropoulos) está reunida ao redor de uma mesa com os representantes dos doze clãs, discutindo as punições para pequenos delitos. Ela é “uma lutadora, uma guerreira, não uma líder” (palavras da própria) e não está preparada para lidar com esse tipo de decisão. E fica claro que os grounders ainda não se sentem parte de Wonkru.

Para piorar, Jaha (Isaiah Washington) sabe as plantas daquele lugar de cor e afirma que não há outra saída. Cortar as paredes e cavar por metros de terra também não é uma opção. Assim, começando a pensar de que passarão mais do que cinco anos ali, chamam uma engenheira da Arca, Kara (Kyra Zagorysky), para saber por quanto tempo terão comida suficiente e a resposta não é nada boa. Com as porções de comida cortadas pela metade e a notícia se espalhando, os nervos estão à flor da pele. Em algum momento, será inevitável a desnutrição levando-os a loucura e provável canibalismo. 

Tentando evitar que tal destino caia sobre os sky people, Kara arma um plano e sequestra a Fazenda, trancando-se junto com a maior parte de seu povo do lado de dentro e deixando os grounders para morrerem de fome. Kane e Abby são algemados, pois discordam do ato, além de serem diretamente responsáveis pela morte da família da engenheira.

Do lado de fora, Jaha está cuidando da criancinha mais fofa do mundo como se fosse seu filho, Ethan (Beckham Sodje). Lembram dele na temporada anterior? O pai dele não entrou na lista dos cem e foi colocado para fora. Achei legal eles não terem esquecido desse plot. De repente, um grounder ataca o nosso malvado favorito (ou não) provocando uma ferida mortal, resta pouco tempo para ele. Ele possui um plano para abrir a porta da Fazenda manualmente, mas precisa ir até um dos níveis ocupados por grounders furiosos. 

Após chegarem aos painéis de energia, Jaha revela uma carta na manga: só abrirá a porta quando tiver garantia que os sky people não serão massacrados pelo que fizeram. Em um último momento de grande sabedoria (ele não teve muitos ao longo da série), aconselha a guerreira a enxergar aquela situação como uma guerra: quem não está do lado dela se torna inimigo e eles devem ser eliminados. Assim, Octavia deve controlar a situação do lado de fora da Fazenda, onde um grupo tenta derrubar a porta à força. 

“You are Wonkru or you are the enemy of Wonkru. Choose!” Esse momento foi tão épico que decidi citar a frase duas vezes. Reafirmando ou conquistando pela primeira vez sua posição como líder, corta as gargantas de todos que ousam desafiá-la até estar coberta com o sangue inimigo e sendo reverenciada pelos restantes. Aquele é o momento do nascimento de Wonkru e de Red Queen. E em seus últimos suspiros, Jaha abre a porta.

Finalmente, ela decide punir apenas os responsáveis pela tomada da Fazenda, todos são colocados no centro do bunker e uma espada é jogada: aquele que restar de pé será perdoado. Flashforward de seis anos, vemos outra batalha acontecendo, dessa vez há grades em volta e as pessoas parecem entretidas. Red Queen está sentada em seu trono assistindo de camarote a matança. Ao seu lado, Indra (Adina Porter), Gaia (Tati Gabrielle), Kara e uma versão mais velha de Ethan (St. John Myers). Como se The 100 não pudesse mais surpreender, outra luta se inicia e entre eles há Kane.  

Red Queen foi um mar de surpresas. Não sou fã da Octavia, mas admito que ela arrasou nesse episódio. Por mais que não tenha uma fotografia tão bonita ou computação gráfica, não consegui piscar os olhos da tela. Escutei várias pessoas comentando que esse foi melhor do que o anterior, mas é uma comparação incabível. Eden levou Clarke por uma viagem emocional, de autoconhecimento, solidão e amor. Enquanto Octavia lutava para extinguir as diferenças entre os clãs. Eram muito mais pessoas, preocupações e sangue. Para quem gosta de ação, o segundo é mais atraente.

 Só quero entender o porquê de ter um combate após o outro na cena final. Não estavam todos os inimigos lutando ao mesmo tempo? Pela lógica do episódio, essas brigas seriam para que o vencedor pudesse continuar a viver. Será que transformaram isso em entretenimento?  Há também a possibilidade de a falta de alimento ter se agravado e estarem passando por uma redução populacional. E por que Kane foi parar lá? Vamos aguardar.

In peace, may you leave this shore. In love, may you find the next. Safe passage on your travels, until our final journey to the ground. May we meet again. Jaha, sentirei saudades de te odiar.

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