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|RESENHA| O CIRCO DA NOITE



Autora: Erin Morgenstern
Ano: 2012 / Páginas: 365
Editora: Intrínseca

Sinopse

Sob suas tendas listradas de preto e branco uma experiência única está prestes a ser revelada: um banquete para os sentidos, um lugar no qual é possível se perder em um Labirinto de Nuvens, vagar por um exuberante Jardim de Gelo, assistir maravilhado a uma contorcionista tatuada se dobrar até caber em uma pequena caixa de vidro ou deixar-se envolver pelos deliciosos aromas de caramelo e canela que pairam no ar.

Por trás de todos os truques e encantos, porém, uma feroz competição está em andamento: um duelo entre dois jovens mágicos, Celia e Marco, treinados desde a infância para participar de um duelo ao qual apenas um deles sobreviverá.

À medida que o circo viaja pelo mundo, as façanhas de magia ganham novos e fantásticos contornos. Celia e Marco, porém, encaram tudo como uma maravilhosa parceria. Inocentes, mergulham de cabeça num amor profundo, mágico e apaixonado, que faz as luzes cintilarem e o ambiente esquentar cada vez que suas mãos se tocam.

Mas o jogo tem que continuar, e o destino de todos os envolvidos, do extraordinário elenco circense à plateia, está, assim como os acrobatas acima deles, na corda bamba.

Resenha

 “O circo chega sem ser anunciado.

Simplesmente está lá, quando ontem não estava.

Um cartaz diz: ‘Abre ao cair da noite, fecha ao amanhecer.’

Entre nas tendas.

Passeie por um exuberante Jardim de Gelo.
Assista maravilhado enquanto uma contorcionista tatuada dobra-se até caber numa caixa de vidro.

Prepare-se para descobrir a magia que surge das pontas dos dedos de duas pessoas que se amam e cuja paixão proibida ameaça consumi-los.” 

Nos primórdios do teatro, na Grécia antiga, as peças eram divididas em “tragédia” e “comédia”, sendo a notável diferença entre elas o seu final, o “triste” e o “feliz”, não existiam meios termos, realmente difícil unir conceitos tão distintos e antitéticos, porém a autora conseguiu emocionar aquele que vos escreve nessas incríveis 365 páginas com exatidão de doses de cada um. 

Com capítulos curtos e uma excelente apresentação, “O circo da noite”, obra única da Erin Morgenstern, consegue ser uma obra repleta de magia em suas páginas, e não somente devido ao seu ‘plot’.

Talvez esteja exagerando ao dizer que nunca fui entretido da mesma forma a qual esse livro me entreteve, com um toque de “Romeu e Julieta”, uma dose de fantasia e uma bela sombra de mistério pairando sobre o romance, Morgenstern conseguiu uma bela receita para o incrível, no sentido cru da palavra. Fazem, aproximadamente, 3 anos que o li e ainda está guardado na parte especial da minha estante, entre os favoritos.

A ideia de um circo, em si, remete a imagem de uma tenda colorida cheia de alegria e risadas, truques, ilusões, entretenimento, e principalmente, diversão, Morgenstern nos coloca em um ambiente monocromático onde o impossível se torna possível no meio de uma competição épica entre dois antigos “amigos”, cuja relação de mútuo respeito é comparável àquela entre o Professor Xavier e o grande Magneto. A batalha não se baseia em lutas épicas ou feitiços esplendorosos, ela toma campo em “Le Cirque  des Rêves” – Lê-se O circo dos sonhos – com uma plateia assistindo aos incríveis feitos de Celia, e às maravilhosas atrações de Marco, guiados por seus professores, Héctor – o conhecido mágico Próspero – e Alexander – o misterioso homem de terno cinza –, respectivamente.
    
Uma história de amor entre rivais predestinados, com tutores exigentes, em uma batalha que apenas 1 pode vencer, seja Marco ou Celia, seja a vitória ou o amor, tudo está conspira contra o infame e inocente casal e o destino do circo e seus integrantes.
     

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