|RESENHA| JOVENS DE ELITE
Autora: Marie Lu
Ano: 2016 / Páginas: 304
Editora: Rocco Jovens Leitores
Nota: 4 de 5 estrelas
Nota: 4 de 5 estrelas
Sinopse
Jovens de Elite é o primeiro de uma série de fantasia ambientada na era medieval e protagonizada por jovens que desenvolvem estranhas cicatrizes e poderes especiais ao sobreviverem a uma febre que dizimou boa parte da humanidade. Entre eles está Adelina, que, após se rebelar contra o destino imposto a ela por seu pai, encontra um novo lar na sociedade secreta Jovens de Elite, vista por alguns como um grupo de heróis, por outros como seres com poderes demoníacos. Heroína ou vilã? Num mundo perigoso no qual magia e política se chocam, Adelina descobre o lado sombrio de seu coração.
Resenha
O livro já começa nos apresentando uma personagem complicada, porém forte, a forma como a autora descreve Adelina é perfeita para instigar o leitor a querer saber mais e mais da vida dela. Uma menina sofrida, amargurada, cheia de traumas e com algo sombrio dentro de si? Com certeza a receita perfeita para quem já estar cansado do clichê do heroísmo, da protagonista feminina que quer apenas salvar e proteger todos ao seu redor. Adelina é o contrário disso – sim, ela ainda quer salvar e proteger a irmã, mas o resto pode perfeitamente se lenhar.
Ao longo do livro vemos a construção da personagem, seus ideais, suas escolhas e o mais interessante a forma que ela lida com a escuridão que tem dentro de si, a forma que pouco a pouco ela se entrega a esse poder tão perigoso e excitante, Adelina é de longe uma das melhores personagens que já li no quesito de desenvolvimento pessoal – claro que ela faz um monte de merdas, mas todo mundo erra.
Os outros personagens também são admiráveis, mesmo não tendo tempo para aprofundar todos a autora conseguiu passar um pouco da essência de cada um deles, inclusive me fazendo apaixonar pela Gemma que mal aparecia, mas dava a impressão de ser adorável e pelo Raffaele que só pelas descrições da Adelina conquistava qualquer um. Já os outros Punhais nem tenho muito o que dizer, qualquer efeito que o Enzo devia causar no leitor, ele não me atingiu, para mim e – indiretamente para o plot – ele foi apenas um meio para um fim, o “romance” dele com a Adelina ao meu ver não passou de mais um degrau no desenvolvimento da personagem e de toda magnitude do poder dela. Lucent, Michael e Dante foram peões, apenas no final do livro que descobrimos mais sobre a Lucent e eu realmente espero que a autora desenvolva mais esse personagem e a história de sua origem porque aí sim tem potencial para algo maravilhoso (só vem Maeve!).
Quanto aos antagonistas, eu só tenho a dizer “que sono”, o Teren é um bom vilão, mas a forma que a autora abordou suas motivações foi tão rasa que o fez parecer fraco e manipulável demais, suas interações com os outros personagens me saíram muito forçadas, claramente ele foi apenas outro peão na trama toda, procurando redenção no lugar errado. E a rainha, única com o poder de “acordar” não apareceu o suficiente para isso, ficou claro que ela é o cérebro por trás de tudo, mas faltou uma abordagem mais direta dela, espero que na continuação a autora a exponha mais e também suas reais motivações para com Teren e o trono de Kenettra.
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