|RESENHA| O RESTAURANTE NO FIM DO UNIVERSO

Autor: Douglas Adams

Ano: 2009 / Páginas: 176

Editora: Arqueiro
Nota: 4 de 5 estrelas 

Sinopse

O que você pretende fazer quando chegar ao Restaurante do Fim do Universo? Devorar o suculento bife de um boi que se oferece como jantar ou apenas se embriagar com a poderosa Dinamite Pangaláctica, assistindo de camarote ao momento em que tudo se acaba numa explosão fatal? A continuação das incríveis aventuras de Arthur Dent e seus quatro amigos através da galáxia começa a bordo da nave Coração de Ouro, rumo ao restaurante mais próximo. Mal sabem eles que farão uma viagem no tempo, cujo desfecho será simplesmente incrível. O segundo livro da série de Douglas Adams, que começou com o surpreendente "O Guia do Mochileiro das Galáxias", mostra os cinco amigos vivendo as mais inesperadas confusões numa história cheia de sátira, ironia e bom humor. Com seu estilo inteligente e sagaz, Douglas Adams prende o leitor a cada página numa maravilhosa aventura de ficção científica combinada ao mais fino humor britânico, que conquistou fãs no mundo inteiro. Uma verdadeira viagem, em qualquer um dos mais improváveis sentidos.

Resenha

E as aventuras de Arthur Dent e Cia pela galáxia continuam!

Depois de um bom tempo após ter terminado o primeiro livro eu resolvi ler o segundo e me não me arrependo. Douglas Adams continua com ótimas tiradas e metáforas durante o livro que levantam questões importantes sobre o mundo e como abordamos ele, pode ser um pouco confuso e com certeza meio tosco, mas a mensagem que o livro passa quando desvendada é algo a ser levado para vida toda

Em O Restaurante no Fim do Universo vemos o que acontece com a tripulação da nave Coração de Ouro após eles escaparem dos eventos de O Guia do Mochileiro das Galáxias. Dent, Ford, Trillian, Zaphod e o depressivo Marvin se encontram em uma situação perigosa e precisam invocar um ancestral de Zaphod para ajuda-los, a partir daí as coisas saem do controle e junto com eles nos afundamos nessas aventuras pelas galáxias.

Eu ainda tenho um pouco de dificuldade de acompanhar todos os nomes de planetas e habitantes que existem no livro – desejo que realmente existisse um Guia para que pudêssemos acompanhar melhor – mas com paciência eu fui lendo e me adaptando as coisas extremamente toscas que acontecem pelo universo a fora. Após a tripulação se separar temos um tempo com o Zaphod e vemos que o cara é caricatura do “homem que se finge de cego” com um super boost no ego claro, sua auto imposta ignorância e seu superego o fazem um ser que tem tudo para ser desprezível, mas o personagem é cômico demais para isso e no tempo que ele passa sozinho no planeta do Vórtice da Perspectiva Total dar para perceber que ele também é completamente sem noção.

Sobre o restaurante que dá nome ao livro, eu achei a ideia e o ambiente muito agradável. Assistir o fim de tudo com direito a música e comida boa é realmente um espetáculo que vale a pena passar eras pagando, o evento traz uma questão fundamental sobre a existência em si e se vale a pena continuar vivendo e lutando por algo que já tem data certa para acabar.

A parte que eu mais gostei foi sem dúvida quando Arthur e Ford chegam a antiga Terra, a descoberta deles e a verdadeira descendência humana mostra uma crítica a sociedade atual em que os ditos intelectuais regem o planeta focados em suprimir seus próprios interesses – principalmente econômicos – e aqueles que podem fazer algo quanto a isso muitas vezes são calados ou escolhem apenas ignorar isso.