|EU VI| DOIS PAPAS
Data de lançamento 20 de dezembro de 2019 na Netflix (2h 06min)
Direção: Fernando Meirelles
Elenco: Anthony Hopkins, Jonathan Pryce, Juan Minujin mais
Gênero: Drama
Distribuidora: Netflix
Dois Papas, dirigido por Fernando Meirelles, traz em seu enredo, a dicotomia entre o velho pensamento e o novo, em diversas formas de pensar e se adequar a realidade do mundo, trazendo o olhar da Igreja Católica sobre tudo isso. O filme vai para além da temática religião, introduzindo uma nova visão a respeito da situação mundial, por assim dizer. É em um momento sobretudo de crise, que dois religiosos católicos — Joseph Ratzinger (Bento XVI, interpretado por Anthony Hopkins) e Jorge Bergoglio (Francisco, interpretado por Jonathan Pryce), assumem o protagonismo da narrativa.
Direção: Fernando Meirelles
Elenco: Anthony Hopkins, Jonathan Pryce, Juan Minujin mais
Gênero: Drama
Distribuidora: Netflix
Dois Papas, dirigido por Fernando Meirelles, traz em seu enredo, a dicotomia entre o velho pensamento e o novo, em diversas formas de pensar e se adequar a realidade do mundo, trazendo o olhar da Igreja Católica sobre tudo isso. O filme vai para além da temática religião, introduzindo uma nova visão a respeito da situação mundial, por assim dizer. É em um momento sobretudo de crise, que dois religiosos católicos — Joseph Ratzinger (Bento XVI, interpretado por Anthony Hopkins) e Jorge Bergoglio (Francisco, interpretado por Jonathan Pryce), assumem o protagonismo da narrativa.
Em um primeiro momento, o filme aborda a morte do Papa João Paulo ll, e frisa que apesar de lutar pelos direitos humanos, o mesmo ainda era contra a homossexualidade, aborto, métodos contraceptivos e casamento de sacerdotes. Apesar desse pensamento não acompanhar o do mundo atual, as eleições para o novo Papa contemplaram Bento XVI que refletia esses mesmos valores. A escolha do cardeal Ratzinger continua por refletir os ideais conservadores da Igreja, e o cardeal Jorge Bergoglio analisa justamente que a escolha do novo Papa favorece que a reforma da Igreja Católica continue a não ser feita - uma reforma não só estrutural, mas também ideológica.
Começam a surgir polêmicas envolvendo a igreja, como facções próximas ao vaticano e escândalos sexuais envolvendo pessoas bem próximas ao novo Papa. O cardeal vai justamente refletir sobre o caminho em que a Igreja Católica caminha, o qual ele não quer compactuar. O interessante é que Bento XVI aborda o fato do cardeal, no passado ter apoiado certas coisas, e Bergoglio refuta dizendo que ele mudou, e que para o momento, esse pensamento passado não condizia mais com o que ele acreditava. Como forma de destaque, é perceptível o jogo de câmeras, que acontece justamente para nos mostrar a feição de cada um, o seu olhar literal a respeito do que está sendo dito, como se a intenção fosse transmitir toda a verdade por trás das palavras.
No filme, há de se exaltar a semelhança dos atores com os personagens reais, e o quanto o diálogo entre ambos é rico. Para além de valorar a opinião de ambos, vemos o quanto os dogmas de fé são analisados, e o quanto eles permanecem humanizados em seus discursos. Não há rivalidade entre ambos, só a perspectiva de mostrar o pensamento conservador e progressista, e a possibilidade sim de chegar-se a um fim comum.
Dois Papas traz a mensagem da mudança como algo normal, afinal nada é estático no universo. Daí se encaminha em uma crítica aos valores que a Igreja defendeu durante séculos; a repressão de quem quer que pensasse contrário em relação às suas crenças.
Bergoglio salienta que embora o mundo estivesse sendo destruído, e a desigualdade se tornando elevada, a Igreja construía muros, enquanto o perigo permanecia dentro dos mesmos. E ele toca justamente na questão do abuso sexual das crianças por parte dos homens da dianteira, e o fechar de olhos quanto a isso. Ao invés de serem punidos, eram simplesmente mudados de paróquia. Ainda enfatiza a respeito das pessoas que perderam a fé por conta desses escândalos e a permissividade deles, afinal não é isso que o Cristianismo prega.
O Papa Francisco visa abordar, que a mudança faz-se necessária porque não é mais sensato essa cultura do conflito. As pessoas acabam vivendo em bolhas e normalizando o sofrimento do outro, em que ninguém se considera responsável pelo que acontece ao redor. Ele traz justamente uma visão do amor, para o mundo não ser alheio diante de tantas desigualdades existentes, e que é responsabilidade de todos, tentar mudar isso. De que não é mais aceitável defender desigualdades e preconceito em nome de uma fé que não é de fato, atributo do verdadeiro Cristianismo.
3 de 5 estrelas.
Confira o trailer abaixo:
Por: Nataly O.
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