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|EU VI| TOY STORY 4



Data de lançamento 20 de junho de 2019 (1h 40min)
Direção: Josh Cooley
Elenco: Marco Luque, Antonio Tabet, Tom Hanks mais
Distribuidora: Disney


Há mais ou menos doze anos eu tive o meu primeiro contato com “Toy Story” e achei muito interessante essa coisa dos brinquedos ganharem vida quando suas crianças estão longe deles. Inclusive, quando criança, eu realmente acreditei nisso e sempre tentava pegar os meus brinquedos no flagra.

Todos os “Toy Story” me agradaram bastante e não foi diferente com o quarto filme. Em realidade, acho que o meu favorito foi o último, talvez pela interpretação que pude fazer da animação. Logo numa das primeiras cenas pude lembrar, sem muita dificuldade, de um conceito aprendido no curso de psicologia, o conceito de objeto transicional. Segundo o psicanalista e pediatra inglês Donald Winnicott, refere-se ao objeto, pode ser um brinquedo ou um paninho, elegido pela criança como substituto materno, ou seja, é o objeto que deixa a criança segura na ausência materna, em resumo é o brinquedo preferido da criança, aquele levado para todo lugar.

Em “Toy Story 4” vemos essa questão do objeto transicional como sendo uma preocupação do Woody, pois como um brinquedo veterano ele sabia que a Bonnie precisaria de um objeto transicional para adaptar-se ao jardim de infância, por isso é ele quem possibilita a construção do protagonista dessa história, Garfinho. Basicamente toda a história vai girar em torno de Garfinho aceitar-se enquanto brinquedo, pois ele é literalmente um garfo de plástico e como tal, acredita que o seu destino deve ser o lixo.

Em paralelo à aceitação de Garfinho enquanto brinquedo, vemos também o crescimento de Woody. Ele parece não aceitar não ser mais um brinquedo do Andy. O Woody ainda sente saudade do Andy e do lugar de predileção que o garoto deu a ele, porém aos pouco o cowboy vai refletindo sobre a sua atual posição como brinquedo, o que vai culminar num final inesperado.

Algo que eu não gostei muito na animação foi o fato dos outros brinquedos, com exceção do Woody e do Buzz Lightyear, não terem aparecido tanto. Senti falta do trabalho em equipe, houve sim um trabalho em equipe com participação de todos os brinquedos, todavia isso não foi tão forte quanto nos filmes anteriores. Em contrapartida, a evolução de Betty foi surpreendente. Foi muito legal ver a pastora de ovelhas num lugar de comando, de liberdade e autonomia, com certeza a animação acertou muito nisso.

Quanto aos personagens novos, eles deram um brilho especial à animação. Gabby Gabby com a sua “maldade”, juntamente com seus comparsas ventríloquos garantem muita emoção e alguns sustinhos durante o filme. Já Coelhinho e Patinho cativaram a todos com bom humor e algumas briguinhas.

Em resumo “Toy Story 4” é uma boa animação e com certeza indico muito a todos, inclusive ao público de vinte e poucos anos, que assim como eu cresceu assistindo a “Toy Story”.

4 de 5 estrelas.

Confira o trailer abaixo:



Por: Eliza 

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